Tuesday, February 10, 2009

Sao Paulo professor nota 0.

Caros amigos leitores deste blog superfrequentado... achei um texto do Gilberto Dimenstein, publicado no jornal Folha de Sao Paulo que no minimo merece uma passada de olhos.
Desde a epoca de aluno eu jah me preocupava com o ensino que recebia, o que jah me causou discussoes com professores e ateh expulsao da sala de aula, mas tambem foi fruto de algumas "melhorias" nas materias estudadas, como na epoca em que me preparava para prestar o vestibulinho em escolas tecnicas e com alguns amigos solicitamos o conteudo das aulas de acordo  com o conteudo cobrado dessas provas diretamente aos professores.
Deixando o passado de lado, vou reescrever o texto publicado na folha para que tirem suas proprias conclusoes e pensem no que poderiamos fazer para termos um Brasil melhor!


Professor nota zero


Dos 214 mil professores que se submeteram à prova da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, 3.000 tiraram zero: não acertaram uma única sobre a matéria que dão ou deveriam dar em sala de aula. Apenas 111, o que é estatisticamente irrelevante, tiraram nota dez. Os números finais ainda não foram tabulados, mas recebo a informação que pelo menos metade dos professores ficaria abaixo de cinco. Essa prova tocou no coração do problema do ensino no Brasil, o resto é detalhe.

Como esperar que um aluno de um professor que tira nota ruim ou mediana possa ter bom desempenho? Impossível. Se fosse para levar a sério a educação, provas desse tipo deveriam ser periódicas em toda a rede (assim como os alunos também são submetidos a provas). Quem não passasse deveria ser afastado para receber um curso de capacitação para tentar se habilitar a voltar para a escola.

A obrigação do poder público é divulgar as listas com as notas para que os pais saibam na mão de quem estão seus filhos. Mas a culpa, vamos reconhecer, não é só do professor. O maior culpado é o poder público que oferece baixos salários e das universidades que não conseguem preparar os docentes. Para completar, os sindicatos preferem proteger a mediocridade e se recusam a apoiar medidas que valorizem o mérito.

O grande desafio brasileiro é atrair os talentos para as escolas públicas --sem isso, seremos sempre uma democracia capenga. Pelo número de professores reprovados na prova, vemos como essa meta está distante.

Gilberto Dimenstein, Folha de Sao Paulo
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